23/08/2012

Sambinha Bom

                                                  "Amar é cansar-se de estar só."


Em meio as borboletas nos encontramos.

Encontrava-me só, em meio a silêncios tão profundos dos quais eu nem mesmo escutava, andava de mãos dadas comigo, era muito eu, era alguém pra mim. Quando a vida no seu dom natural de colocar (talvez, não seja esse verbo) surpresas no caminho, me trouxe você. E, no momento que trouxe, não sabia como interpretar aquilo que ocorria, tentava decifrar, sem êxito. Indo em frente, percebi que estava na direção certa, que naquele caminho, eu seria alguém para alguém. Foi o que aconteceu, me tornei nós, me tornei um par. Em uma simples palavra, mudei, senti, conheci o amor: sim.
Nunca tinha me sentido assim, tão bobo, tão estranho. Tens a capacidade de me desnortear e, logo, me puxar para seus braços. De me suportar, de me conhecer, e principalmente, me aceitar. De me arrancar lágrimas fáceis, de botar o mais lindo sorriso em meu rosto. De me arrepiar de frio e calor. De, no silêncio da noite, me botar no seu colo, com nossas mãos grudadas, me fazendo sentir como em uma cápsula, onde nada pode me atingir, nos atingir. De abraçar minha pele e eu saber que tenho uma segunda. De me desaguar, como Amélie, quando te vejo lindo com seus olhos castanhos ao me ver chegando, mesmo atrasado. De ouvir sua voz doce ao meu ouvido e meu coração reconhecer você. De ter um sentimento maior, o amor, o nosso.
Acredito, que há 21 anos, você viria até mim. Demorou um pouco, nos desviamos, percorremos direções diferentes, até que face a face, nos tornamos nossos. Entrei no seu mundo, no seu corpo, na sua alma e a cada minuto em que estamos juntos, me apaixono. No silêncio do meu olhar, me mostro, me entrego. Te miro em mim, isso me conforta, me abranda. Olho pra trás, vejo o quão bonito é o meu amor, depois olho pra frente, ansioso pelo nosso futuro.
Felicidades, Cátinho. Te amo, meu amor. Sempre.