11/11/2011

Achar Perdido



As palavras murmuram-me
infinitos caminhos,
mapas destroçados debaixo dos dedos de meus pés.
E eu aqui, perdido em mim
Cubro-me...
As palavras importunam-me, aborrecem-me, 
sinal verde ao som a romper
o silêncio que hoje é a minha vida (?).
Escondo-me de mim, dele, dela, deles
Escondo-me...
Pois a realidade é amargamente calculada: matemática.
Por isso prefiro meus sonhos
que são docemente dispersos: literatura.
Previsivelmente a desviar de mim.
Previsivelmente a desejar sumir
em um estalar de dedos, em um estouro de balão,
em um piscar de verdes olhos
Desaparecer.