29/05/2011

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Escolhas são tão difíceis. Há duas possibilidades à “esquerda” e à “direita”. Uma delas tem que ser seguida. Há nessa escolha: um perigo, o medo, uma (pré)ocupação. Não há como saber se no meio do caminho o arrependimento irá, logo, entrando. Sem querer saber se o deixarei, se darei algum tipo de permissão. Ele chuta a porta com força e se senta ao meu lado no sofá, tão calado, tão sufocante. Porém, posso encontrar a satisfação. Quando, o que espero que encontre lá no fim, seja o que no começo estava com receio ao dar os primeiros passos. Nos últimos tempos tenho vivido uma gama de opções, um leque de variáveis situações nunca imaginado. Não sei se vou fazer as escolhas certas nem para qual lugar elas me levarão e como sairei delas. Isso, só a sabedoria dos anos poderá me dizer. Não se consegue viver em cima do muro, apartar-se desse processo, todo o movimento do viver se reflete naquilo escolhido por mim a cada segundo. Ir e vir, as roupas a vestir, o sorriso a ser colocado no rosto para enfrentar as pessoas, o continuar, o dia. A dúvida está presente na minha vida. Porque é tão inútil ter certeza das coisas, qual é a graça? Perde-se a emoção, o mistério, o suar frio. Decidir é vital e também complexo, porque quando decido, influencio a tudo e a todos ao meu redor. Erro. Acerto. Cambaleio. Fico firme. Sigo. Enfrento. Vou até o fim, mesmo muitas vezes me precipitando. Apenas quando chegar ao fim da linha, colherei os frutos e medirei o primeiro passo dado.