É incomodo assistir tanta gente necessitada de sobrevivência. E não me refiro apenas àquelas que ganham salário mínimo, mas de executivos que vivem agoniados com diversas pressões, de empresários que se afastam de suas famílias, de pessoas de todos os níveis sociais que estão sempre sobressaltadas perante a vida. São pessoas que não vivem. Apenas sobrevivem como se estivessem numa crise asmática permanente. Aquela eterna falta de ar seguida de um rápido alívio. Logo depois, sentem de novo a necessidade de um aerossol. Sobreviver é trabalhar em algo sem sentido só para pagar as contas; é fazer joguinhos de poder para manter os status; é sair com alguém que não se ama somente para abrandar a solidão; é ter relações sexuais só para conservar o casamento; é não conseguir despregar os olhos da TV, com medo de escutar a voz da consciência; é evitar algum ruído; é ter de beber para “esquecer”. É a eterna procura da evasão. (Stop)
A sociedade nos exige diariamente que nos transfiguremos em máquinas. Todos os dias, pela manhã, uma multidão liga seu corpo e sai pela porta para uma repetição infinita de ações habituais sem nenhuma relação com seu talento. Fazer o mesmo trabalho que não tem nenhuma relação com sua alma.Quando uma pessoa não prefere o que prefere, acaba se traindo. As escolhas de nossa vida têm sempre de privilegiar a nossa essência. Quantas vezes acabamos nos dedicando exclusivamente à sobrevivência?
Viver é ser dono do próprio caminho. É ser participante do jogo da existência, e não mero espectador. É viver as emoções, é ter os próprios pensamentos e viver os seus sonhos e suas angústias. Sobreviver é regular o tempo para que o dia termine. É conseguir ter dinheiro até o próximo pagamento. É respirar de alívio ao fim do expediente. É ir resignado de casa para o trabalho e do trabalho para casa. É não ter de arriscar nada... O ser humano merece mais do que, simplesmente, riscar dia após dia o calendário. Merece a plenitude da vida. (Play)
A sociedade nos exige diariamente que nos transfiguremos em máquinas. Todos os dias, pela manhã, uma multidão liga seu corpo e sai pela porta para uma repetição infinita de ações habituais sem nenhuma relação com seu talento. Fazer o mesmo trabalho que não tem nenhuma relação com sua alma.Quando uma pessoa não prefere o que prefere, acaba se traindo. As escolhas de nossa vida têm sempre de privilegiar a nossa essência. Quantas vezes acabamos nos dedicando exclusivamente à sobrevivência?
Viver é ser dono do próprio caminho. É ser participante do jogo da existência, e não mero espectador. É viver as emoções, é ter os próprios pensamentos e viver os seus sonhos e suas angústias. Sobreviver é regular o tempo para que o dia termine. É conseguir ter dinheiro até o próximo pagamento. É respirar de alívio ao fim do expediente. É ir resignado de casa para o trabalho e do trabalho para casa. É não ter de arriscar nada... O ser humano merece mais do que, simplesmente, riscar dia após dia o calendário. Merece a plenitude da vida. (Play)
"E eu recuo, eu prossigo e eu me agito
Eu me omito, eu me envolvo e eu me abalo
Eu me irrito, eu odeio, eu hesito
Eu reflito e me calo..." (Elis Regina)
Eu me omito, eu me envolvo e eu me abalo
Eu me irrito, eu odeio, eu hesito
Eu reflito e me calo..." (Elis Regina)
