de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.” (Clarice Lispector)
Sinto. E pelo fato de sentir me sinto sensível. Sinto como uma pessoa. Não qualquer pessoa. Nem sinto menos nem mais que ninguém. Sinto diferente. O fato de não poder definir esse sentimento que sinto é uma maneira de sentir particular. Sinto tudo. Sinto com o corpo. Sinto que se ficar sem sentir não haverá mais sentido. De estar aqui só sinto que vai passar. E, se eu não sentir não sei o que acontecerá. Sinto para viver. Para reconhecer, sinto, simplesmente, por sentir. Mas, não um sentir banal. Um sentir, que para mim, é importante. Sinto que sinto que ninguém vai entender como me sinto e nem como eu sinto. Não tem importância. Nem eu sei ao certo porque sinto e nem como sinto. O sentir é meu, não há razões para alguém sentir o mesmo que eu. Nem há motivos para dizer o que sinto. Não há pretensão em que tenha sentido o que sinto. Sentir é sentir. Entendeu o meu sentido?
