08/04/2011

Azurium

      
 “O meu olhar azul como o céu. É calmo como a água ao sol. 
  É assim, azul e calmo, porque não interroga nem se espanta ...”  (Alberto Caeiro)
Acredito que certas coisas não devem ser de alguma forma definidas, pois, não há definições, para tal. Como, para as cores. No caso, o azul. Para cada pessoa há uma interpretação que pode ser diferente. Uma lembrança pode mudar o conceito da cor. Não adianta eu chegar aqui e dizer que o azul representa sabedoria e etc. Para você, pode ser apenas mais uma cor aleatória. Ou nada – um mero nada. Não adianta eu tentar dizer, aqui, conceitos premeditados de como o azul pode ser representado. Sei que o azul, para mim, representa paz e o não limite. Toda vez que vejo o azul presente na natureza me dá uma tranqüilidade tão grande. É só olhar para o céu e o mar. Tão grandiosos, tão belos. Tão “ali”. Busco sempre ter ao meu redor, o azul. Me acalma. Até mesmo nas pessoas. Pessoas “azuis” são raras. O azul, pra mim, é mais que uma simples cor rabiscada pelo lápis no papel. Vestida em uma roupa. É uma criação fantástica, além de uma cor. Essa é a minha visão, além dos graus que carrego, além de minha miopia. Além dos meus olhos.